terça-feira, 13 de julho de 2010

o meu coração não se sabe comportar. gosta de quem não deve, quem lhe cospe e o arrasta pela lama, e depois de atiradas as palavras finais, ou equivalente, à falta delas, ainda se preocupa. ainda quer saber se comem bem, se não se metem em sarilhos. o meu coração, que devia ser meu, presta fidelidade a um bando de mafiosos que fingiram querer-lhe bem só porque sim. é o pior dos clichés, a definição de patético, vítima de síndrome duma cidade europeia onde nunca fui. o meu pobre coração incha e desincha conforme dizem gostar e desgostar dele. dá e não recebe, perdoa sem que o deixem esquecer. se um dia mo tiram não sei o que será de mim, mas até lá não deixo de sonhar com um coração menos mártir.

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